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Ghostwriting é ilegal?

Foto do escritor: Cláudia LemesCláudia Lemes

Apesar de ser uma profissão séria e respeitada em muitos lugares do mundo, no Brasil, poucas pessoas realmente sabem o que faz um ghostwriter - e se a profissão é legítima.


Vem comigo que explico rapidinho.


O que faz um ghostwriter/escritor fantasma?


Ele é um escritor profissional ou jornalista que escreve livros para outras pessoas, geralmente celebridades e especialistas em áreas distintas, mas também escreve autobiografias e livros de memórias para pessoas "comuns".


Antes de mais nada, é importante entender a diferença entre livros de ficção e livros de não-ficção.


  • Ficção: contos e romances literários ou de gênero (fantasia, horror, policial, ficção científica, romance de época etc).


  • Não-ficção: obras baseadas em fatos, como biografias, autobiografias, livros sobre nutrição, medicina, psicologia, crimes, história, negócios, economia, política etc.


Ghostwriting é uma profissão LEGAL! Não existe ilegalidade nenhuma na prática. Pelo contrário - os contratos tendem a ser bem claros e precisos sobre os direitos do autor (cliente) e do ghostwriter.


É legal, mas é ético?


Com certeza.


Imagine que você é uma nutricionista. Você estudou para entender daquele assunto. Ao longo da carreira, reuniu experiência e informação, e agora quer escrever um livro para o público, de maneira a ajudá-lo com um problema específico (por exemplo, dieta para quem tem diabetes). Esse profissional não tem obrigação alguma de saber organizar, estruturar e escrever um livro. Então, ele contrata um ghostwriter.


O conteúdo do livro pertence ao autor, ou seja, à pessoa que contratou o ghostwriter. Quando o livro é elogiado, é pelo seu conteúdo. Obviamente, o ghostwriter deixou aquele conteúdo mais interessante e palatável ao público, mas o livro pertence ao autor.


Por exemplo, é como as pessoas acharem minha casa bonita, sendo que ela foi decorada por um designer de interiores. O designer ouviu minhas preferências e decorou de acordo com o meu gosto. A orientação dele ajudou a deixar "meu conteúdo" mais agradável, mas a casa é minha. Não há nada de errado em receber elogios por ela.


Mas e ficção?


Quando falamos sobre ghostwriting de ficção, a conversa certamente muda. Apesar de não ser uma prática ilegal, muitos podem considerá-la antiética, uma vez que o autor está recebendo reconhecimento por algo que ele não fez. A diferença é que, em não-ficção, o profissional autor não se passa por um escritor, apenas um especialista em sua área. Na ficção, ele está posando como escritor.


Portanto, a prática de ghostwriting para ficção ainda é bastante controversa e merece um debate franco. Eu, particularmente, não faço ghostwriting de ficção, mas tenho colegas que fazem.


Resumindo:

Ghostwriting é uma profissão totalmente legal, antiga e difundida (se você leu um livro de não-ficção, há grandes chances de ele ter sido escrito por um ghost). Não há nada de errado com ela. Pelo contrário: ela ajuda a transformar histórias, vivências e informação em livros para o público.


Ghostwriting de ficção ainda é considerado antiético e se descoberto, pode acarretar em problemas para o autor e ghostwriter. Mesmo assim, não é ilegal.


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